quarta-feira, 18 de maio de 2016

O que é o Taoísmo?
         
A palavra “Taoísmo” é originária de “TAO”, que representa a origem de tudo o que existe no universo, “o inominado”, “o absoluto” e, também, o “Caminho” que leva ao desenvolvimento espiritual pleno.

O "Taoísmo" ou “Filosofia Taoísta”, nasceu na China há aproximadamente cinco mil anos. A obra criadora dos ensinamentos taoístas é o “Tao Te king”, conhecido como “Livro do Caminho e da Virtude”, escrito por Lao Tsé (século V a.C.) que significa “grande senhor” ou “velho mestre”, considerado o fundador do Taoísmo.

É um caminho filosófico e de crescimento espiritual que busca atingir a longevidade e a iluminação (compreensão profunda da alma e do significado, propósito e unidade de todas as coisas). É um modo de vida em busca do equilíbrio e da evolução do corpo, da mente e do espírito, através de práticas como a medicina tradicional chinesa (que inclui a acupuntura), meditação, exercícios de respiração, artes marciais chinesas (como tai chi chuan), alimentação natural e equilibrada, fitoterapia, massagens entre outras práticas.  

Yin e Yang

A figura conhecida como “yin e yang” - símbolo do equilíbrio taoista - nos mostra que a totalidade do Universo é composta por duas energias que agem na criação e manutenção de tudo o que existe. Essas duas forças, opostas, porém complementares, são representadas pelas cores preta (yin) e branca (yang), na figura.
O yin e o yang agem o tempo todo de forma dinâmica, na vida, na natureza, no Universo. A energia yin representa o princípio feminino, a passividade, a noite, a lua, a escuridão, o frio, a terra, entre outras representações. A energia yang representa o princípio masculino, a atividade, o dia, o sol, a luminosidade, o calor, o céu e assim por diante. O pequeno círculo preto dentro da parte branca da figura, e o pequeno círculo branco dentro da parte preta, representam a semente do yin dentro do yang e vice-versa, demonstrando que o yin não existe sem o yang e o yang não existe sem o yin.

Segundo os princípios taoístas, essas duas energias atuam na manutenção da vida. O ser humano absorve a energia yang do céu, através da respiração, e a energia yin dos alimentos que provém da terra. A melhor forma de equilibrar essas duas energias é através de uma respiração adequada e de uma alimentação natural e equilibrada.

Vida Simples

Para a Tradição Taoísta, o convívio harmonioso com a natureza, o modo de vida simples, a humildade, a compaixão e a moderação são meios para se atingir o equilíbrio interno e com todos os outros seres. Essa sabedoria milenar nos mostra que a nossa civilização se afastou do “TAO”, pois nos afastou da natureza e da nossa essência mais profunda. O Taoísmo não apóia ostentações, hierarquias sociais e o acumulo de riquezas materiais, pois esses valores, típicos da nossa sociedade individualista e consumista, impedem o ser humano de viver sua verdadeira evolução. No Taoísmo, o enriquecimento da alma sobrepõe-se ao desejo de poder.
                         ---------------- ****------------------
Lia Cordoni: Acupunturista, pós-graduada em Acupuntura/Medicina Tradicional Chinesa, psicóloga e especialista em Psicanálise (PUC/SP). Atende como acupunturista em São Roque. Contato: liacordoni.blogspot.com.br

Texto publicado no Jornal “Vida Sábia” (maio/2016) com distribuição mensal e gratuíta na cidade de São Roque/SP.
Edição: Gilberto Schubsky

*Compilação de diversas fontes.






quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Sobre a tristeza

Estava refletindo que o sofrimento também faz parte da vida. E que as pessoas estão cada vez mais intolerantes ao sofrimento e a frustração, se entorpecendo de medicamentos psiquiátricos, anestesiando uma dor que talvez seja importante de ser sentida, pois a dor/o conflito emocional nos fazem evoluir como seres humanos.
Tanto para a Medicina Chinesa/Acupuntura, quanto para a psicologia (minhas formações), a dor é considerada como parte da existência, assim como o amor, a alegria, o ódio... Sim: somos seres dúbios, tudo tem seus dois pólos yin/yang: amor/ódio, alegria/tristeza, e assim por diante... E a nossa eterna busca dentro da existência é encontrar o "caminho do meio", o equilíbrio, dentro dessa complexidade toda que é o EXISTIR. Aí está o princípio da " Filosofia Taoísta ", que alicerça a Medicina Tradicional Chinesa.
Claro que, se o sofrimento se torna insuportável, a ponto de paralisar a vida da pessoa, ela deve sim procurar ajuda psiquiátrica e se medicar, pois pode se tratar de um caso de depressão profunda. Mas tem que tentar sair dessa também, tratar por um período e ir finalizando o tratamento aos poucos, não se deixar rotular como um "depressivo crônico " e ir à luta! Às vezes acho que as pessoas usam esse tipo de rótulo para boicotar a própria vida... Vou usar uma metáfora: se a pessoa "está no buraco" e não quer sair de lá de jeito nenhum, se você lhe der uma escada, ela vai cavar ao invés de subir... Ou seja, não há dor que se resolva se não houver uma pré-disposição para sair dela!
Então penso que, se a tristeza invadir a pessoa num grau não tão profundo, deve-se levar isso de forma natural, como um sentimento que também faz parte da vida, e não sair correndo atrás de um psiquiatra, buscando uma "solução mágica" para algo que é inerente ao ser humano, pois "quem procura acha". (Explicando melhor: como psiquiatras são treinados para medicar, se você for em busca de um, certamente te enquadrarão em alguma patologia e você sairá de lá com uma receita de algum medicamento que pode te aprisionar...).
Então meu conselho é: procure usar este sofrimento para seu crescimento pessoal, para se fortalecer internamente, para provar pra si mesmo que consegue superar a dor, buscando TRANSFORMAÇÕES na vida que tragam mais prazer e menos dor. 
Ou seja: Lidemos melhor com a dor, sem entorpecimentos minha gente!
OBS IMPORTANTE!!
Fazer acupuntura, ‪terapia, buscando  o autoconhecimento e a transformação, amar de forma saudável, ouvir música, dançar, ir ao teatro, beber de cultura... Todos esses são caminhos que tornam a vida mais leve e mais feliz, auxiliando o indivíduo a espantar a depressão. Fica a dica!
                                                                                                   Lia Cordoni
                                                                                                  (06/01/2016)